segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Multidão Petista



Quem passou ontem pela Praça Geovanni Breda conhecida como Área Verde, e arredores, se espantou com uma invasão de pessoas que chegavam a todo instante, de todo lugar e por todos os lados...

Depois de algum tempo veio a calma do inevitável e então outra sensação se apoderou de mim. Comecei a observar aquelas levas de pessoas subindo as rampas da Avenida Robert Kennedy e João Firmino, na mesma intensidade como as que vinham pelas Avenidas Castelo Branco ou Alvarenga. Olhando melhor, se notava algo de diferente na legião petista de São Bernardo. Vinham concentradas, sem brincadeiras, andavam rápida, firmemente. Pareciam ter em mente um objetivo definido e único: Eleger Luís Marinho como prefeito. Ajudar o PT a reconquistar o Paço Municipal após 20 anos de jejum. Uma espécie de ansidade parecia estar em todos os rostos. Uma urgência de resolver logo, sair do pesadelo do continuísmo e maquiavélice, do discurso clichê e ineficaz de DIB, Orlando Morando e companhia. Na cara de todos havia uma combinação de firmeza e obstinação. Algo perenptório é verdade, mas capaz de confirmar ao PT sua diferença em relação aos demais. O Partido do coração desses brasileiros busca desesperadamante a retomada por dignidade e ética na cidade onde nasceu e se projetou nacionalmente conquistando em 2003 a tão sonhada Presidência da República. A torcida, digo, a militância formada por - Jovens, crianças, mulheres, adultos de meia idade e idosos tinham tomado para si, como missão, consegui-la. A despeito de mim mesmo me enchi de admiração e alegria por ser daquela massa, que transmitia aquele sentimento único, visceral que, raras vezes é verdade, transforma as massas em algo admirável....

O Presidente Lula imbuído com o dom de explanar que, lhe é peculiar, e a importancia que lhe confere colocou o almofadinha Orlando Morando no seu devido lugar.
Dib por sua vez ao criticar ferozmente o governo Lula em 2005 paradoxalmente ele enternecia-se contemplando sua popularidade.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Chápeuzinho Vermelho na mídia

JORNAL NACIONAL
(William Bonner): Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem…
(Fátima Bernardes): … mas a atuação de um caçador evitou a tragédia.

CIDADE ALERTA (Datena)
Onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades?
A menina ia para a casa da avozinha a pé ! Não tem transporte público!
E foi devorada viva! Põe na tela! Tem um “link” para a floresta, diretor?

REVISTA CLÁUDIA
Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.

REVISTA NOVA
Dez maneiras de levar um lobo à loucura.

REVISTA MARIE-CLAIRE
Na cama com o lobo.

JORNAL O ESTADO DE S. PAULO
Fontes confirmam que Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT.

REVISTA VEJA EXCLUSIVO!
O Lobão devorou a vovó sem piedade. Mas o Lula sabia!

Frases da Semana da VEJA:“Está claro que houve tentativa de quebra de sigilo bancário da Chapéu por parte de Dilma e Tarso Genro. Eles têm que cair. ” - Arthur Virgílio

JORNAL ESTADO DE MINAS
Chapeuzinho come o lobo enquanto o lenhador vai prá floresta com a vovó.

JORNAL ZERO HORA
Avó de Chapeuzinho nasceu no RS.

JORNAL O POVO
Sangue e tragédia na casa da vovó!

REVISTA CARAS
Chapeuzinho fala a CARAS:
“Até ser devorada, eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa”

REVISTA PLAYBOY
Veja o que só o lobo viu!

REVISTA ISTO É
Gravações revelam que lobo foi assessor de influente político de Brasília.

REVISTA G MAGAZINE
Lenhador mata o lobo e mostra o pau !

FOLHA DE SÃO PAULO
Serra vai dar um choque de gestão na Floresta e responsabiliza Lula pelo ataque do Lobo Mau

terça-feira, 11 de março de 2008

Grande ABC não é interior?



Por Patropi

Começo pela resposta: sim. Embora teoricamente sejamos uma extensão da capital e pertencente à Região Metropolitana de São Paulo, nosso comportamento ainda é provinciano! Muito provinciano! Somos um conjunto de municípios e caipiras, digo, cidadãos que sofrem de sentimento de inferioridade da vizinha e poderosa capital e, paradoxalmente, para negar essa redução de importância, reagimos com bairrismo, essa coisa horrorosa de se fechar em copas, trombetear grandeza mas, no fundo, no fundo, viver amargurado com a idéia fixa que a capital é sempre melhor. Essa submissão psicossocial á capital tão próxima impulsiona idéias reacionárias. Tendências separatistas bem como, acontecem na Catalunia e em alguns grupos sulistas-brasileiros, em especial, alas gaúchas mais radicais com o propósito de separar a região Sul do resto do Brasil. Embora a unidade física, territorial e política do Grande ABC, fatalmente; por sua importância econômica, faria diferença nestes tempos em que fronteiras nacionais se diluem ao sabor do jogo da sobrevivência da globalização... talvez divisas regionais fortaleceriam esses conjuntos. Prova disso eh a União Européia, entre tantas outras iniciativas do gerenciamento em comum de interesses econômicos. Muitos muros ainda separam os sete municípios do ABC, porém o mais forte deles contorna a capital. Mais resistente que o muro de Berlim! É o muro responsável por separar o pensamento rural-provinciano do urbano-metrópole.

De metrópole, por enquanto, São Bernardo só tem o shopping.

Não tenho vocação Política!



Jamais me imaginei em cargo público efetivo. Sou deselegante e mal-educado o suficiente para não demonstrar apreço, para não abraçar quem não respeito, para não trair a confiança de quem me faz depositário de informações, para não baixar a cabeça quanto meu desejo é chutar o pau da barraca, para não passar por cima de ninguém só para garantir vantagens escusas, e também para não fazer papel de personagem. Mas também não nasci para ser coadjuvante. Longe disso. Enfim, quem tentar decifrar ideologia estanque nesse blogueiro amador provavelmente vai cair do cavalo. Para se ter uma idéia, quem ousou decifrar foi Rodriguinho Pessoa. Isso! ele faturou prata na disputa individual dos saltos do hipismo..... Na verdade, procuro não ser escravo de regras que tipificam esquerdistas ou direitistas como seres indelevelmente imutáveis ao contrário do que acontece pros lados da Bela Vista. Os fundamentalistas não mudam ou pelo menos não procuram ajeitar-se sem constrangimento interior. A coisa mais bonita que existe, é chegar numa universidade tradicionalmente conservadora e por lá manter seus ideiais socialistas, por mais que digam o contrário, por mais que esse ensino tente mostrar o mundo de cima para baixo para você, inviabilizando a idéia do acadêmico ser "pião" algum dia... tenho medo que desses cursos "alquimistas" que transformam jóias raras em pedras... Talvez esteja aí o erro. Por falar em erro quando cometo deslizes com pessoas que gosto, crio bloqueios. Tristes bloqueios. Eles não permitem ser quem eu sou... Não guardo raiva das pessoas, mas tenho a sensação que elas guardam de mim... más enfim, não iremos aqui enveredar pelo lado psicológico da coisa.....

Serginho não será canditado nunca.
Mais terei a mesma vontade de Bernardo Cabral daqui algumas décadas...

sábado, 1 de março de 2008

Tom Mainardiano

Enquanto isso no chá inglês do paulistano:

Por Antônio Prata.

Talvez tenha a ver com a eleição de um operário para presidente. Talvez seja conseqüência do upgrade que os botecos tiveram nos últimos dez anos. Quem sabe, ainda, a causa seja a queda dos juros ou o Bolsa Família. Sei lá. O que importa é que, para minha felicidade, a empada está na moda.
Ela deixou aquele canto engordurado do balcão da padaria, ao lado de torresmos e ovos azuis, para cair na vida: está tanto nos lugares da moda, como o Sabiá – novo bar da Vila Madalena, onde saem em fornadas e são trazidas às mesas ainda fumegantes, nas mãos do simpaticíssimo Luis – quanto nas cadeias de fast-food. Só aqui no bairro tem duas: o Rancho da Empada e a Empada Brasil, que entregam em casa um produto de excelente qualidade. Eu fico feliz, não só porque gosto dessa mini-granada de colesterol, mas porque intuo que ela traga oculta, em meio aos camarões, algo além da bem-vinda azeitona.
Com a queda do muro de Berlim, a democracia liberal e a Colgate se espalharam pelos quatro cantos do mundo (a Colgate com muito mais eficiência, evidentemente) e falou-se bastante no fim das identidades locais. Como se, com a abertura dos mercados, tudo aquilo que fazia de nós, brasileiros, estivesse fadado ao desaparecimento, ou, quem sabe, condenado a reduzir-se a um novo sanduíche do McDonald’s – McSamba?
(Talvez eu tenha me empolgado e recheado o texto com mais significados do que o tema pode comportar, caro leitor. Não peço desculpas. A crônica, como uma boa empada, é assim mesmo: um pequeno exagero).